Já ouviram falar de high tech e high touch? Não é nada moderninho mas é mais atual do que nunca. Esse termo de 4 palavras foi criado pelo americano John Naisbitt em 1982, ou seja, há praticamente 40 anos, como uma das megatendências!!!! À época, Naisbitt reforçava a ideia da necessidade de um toque humanizado a cada nova tecnologia que fosse lançada. Nem Naisbitt poderia imaginar quão importante essa sua megatendência se tornaria. Nós aqui amamos o raciocínio que está por trás dela e nos inspiramos muito usando-a constantemente em nossos trabalhos.
E por que ela ainda é tão atual? Em nossa visão, tudo que se apoia em verdades fundamentais aos seres humanos não tem prazo de validade. Ideias e conceitos fortes são atemporais. Einstein, Galileu, Freud ou Jung provam isso. Suas teorias são eternamente verdadeiras.
Se pensarmos no mundo em que vivemos, onde o digital, a aceleração e o real time são dominantes, estamos vivendo sob a vigência do high tech. Neste universo, convivemos com chatbots, assistentes virtuais e algoritmos. A lógica binária dos códigos 0-1 define limites estreitos e ao mesmo tempo infinitos. O big data amplifica nossas possibilidades de compreensão e também nos joga para a incompreensão, já que é quase impossível processarmos tantos dados como temos disponível. A nuvem rompeu todas as fronteiras. Vivemos assim o ápice do high tech. É nessa vibração que vemos marcas construírem suas entregas e relacionamentos com os clientes. Cada vez menos olho no olho, cada vez mais digitais.
Mas, por excelência, os seres humanos são movidos por afeto. Nascemos e crescemos porque vamos construindo redes de relacionamentos. Sem isso, não existimos. Precisamos do toque, do calor do outro para nossa sobrevivência. Aliás, somos a única espécie que não consegue se desenvolver sem a presença do outro. Já imaginaram um bebê sem essa presença física com sua mãe? Ou seja, somos high touch em nossa essência como humanos. É de nossa biologia, é da nossa psique.
Marcas que quiserem criar vínculos sólidos e permanentes precisam atender a essas duas polaridades, serem provedores de high tech sem abrir mão do calor do high touch. Não à toa muitas assistentes virtuais carregam nomes femininos, Bia, Siri, Lu, Sol, Nat… é a busca de aproximar esses dois universos. Sem isso, as marcas ficam capengas, desequilibradas e incompletas. São 2 lados de uma mesma moeda, nesse caso, de nós como seres humanos e das marcas que se relacionam conosco.
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